Jovens da Aldeia participam de oficina de Barbearia
05/09/2023Bruno Negrão na Aldeia
06/11/2023Um marco significativo na jornada em direção a um futuro mais verde foi a proposta da Planton para a Aldeia da Fraternidade. A startup é dedicada a medir e neutralizar a pegada de carbono de empresas, eventos e produtos. Este marco coloca a instituição em um patamar de sustentabilidade que, até então, era acessível apenas para grandes empresas.
Para alcançar a neutralidade de carbono para o ano de 2023, a Planton e a Aldeia mediram as emissões e depois adquiriram créditos de carbono de alta integridade, validados pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e pela Gold Standard. Esses créditos compensaram eficazmente as emissões produzidas pela escola, garantindo uma pegada de carbono líquida zero para a instituição.
Através destas ações, houve investimento direto em projetos de energia geotérmica e de utilização de resíduos como fonte de energia para o nordeste brasileiro. Este feito é particularmente notável, pois foi realizado sem nenhum custo para a escola.
Impacto na Comunidade e Compromisso com a Sustentabilidade
A neutralidade de carbono alcançada hoje marca um compromisso tangível com a sustentabilidade em todos os níveis da sociedade. Este projeto tornou a pauta de sustentabilidade algo vivo entre os funcionários e alunos, e seu impacto se estende para toda a comunidade. A Planton e a Aldeia acreditam que projetos como esse têm o poder de inspirar ações positivas e conscientes em toda a sociedade.
A Aldeia da Fraternidade já havia tomado medidas em direção à sustentabilidade. Apesar de todos os desafios financeiros que uma escola deste formato enfrenta, a sustentabilidade sempre foi prioridade. Um terço de sua energia já é proveniente de painéis solares e tem um programa de compostagem que reaproveita 250 kg de resíduos orgânicos por mês.
Dados do Inventário de Emissões
Os dados do inventário de emissões revelam que a emissão total foi de 63,14 toneladas de CO2e, com uma média de 143 kg de CO2e por aluno por ano. As maiores categorias de emissões foram provenientes do gás (GLP) utilizado nos fogões da escola (7,65 toneladas de CO2e), do deslocamento dos alunos e funcionários por ônibus, van e carro (44,9 toneladas de CO2e) e da degradação dos resíduos (6,32 toneladas de CO2e).
Certificação e Reconhecimento Público
Foi feita a apresentação do projeto e dos relatórios para as coordenações da Aldeia e foram entregues tanto o certificado de neutralização quanto o selo de carbono neutro. Este selo agora está exposto para todos os visitantes da instituição, destacando o compromisso da Aldeia com a sustentabilidade e servindo de exemplo para outras instituições educacionais e comunidades em todo o Brasil. Este projeto contou com a colaboração da vereadora de Porto Alegre, Mariana Pimentel, que indicou a Aldeia da Fraternidade para ser a primeira escola pública a nível municipal a alcançar e divulgar a neutralidade de carbono.
Visão da Planton e da Aldeia da Fraternidade para um Futuro Sustentável
O compromisso da Planton e da Aldeia da Fraternidade com a preservação do meio ambiente vai além desta iniciativa. Ambas imaginam um futuro onde práticas sustentáveis são integradas de forma transparente na comunidade, nas escolas e nas empresas. Ao alcançar a neutralidade de carbono para a Aldeia se estabelece um alto padrão de responsabilidade corporativa e sustentabilidade na região. “É uma enorme satisfação ver uma escola que atende a rede pública ter um programa de neutralização das emissões nos moldes das grandes empresas e ver essa pauta ganhar corpo entre a direção e a sala de aula”, comenta Raiane Vargas, sócia-fundadora da Planton.
Para Luara de Cândido, representante da Aldeia da Fraternidade no ato, projetos como esse colocam a sustentabilidade em evidência no contexto dos alunos. “É uma grande entrega para a comunidade ser referência em sustentabilidade, em uma pauta tão atualizada, apesar de todo o contexto de desafios que a escola enfrenta”. Durante a cerimônia de entrega da certificação, a vereadora Mariana Pimentel destacou que “Porto Alegre tem que estar no mapa da sustentabilidade, sobretudo no campo da educação, portanto é uma satisfação acompanhar um projeto desse porte e participar ativamente dessa entrega”.